segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Nossa história: O grito do Ipiranga!


Nossa história: O grito do Ipiranga!

07 de setembro de 1822, o grito: “Independência ou Morte”. É nessa data que começa a história brasileira, sem amarras à Coroa Portuguesa. Será?

A Independência do Brasil não se deu facilmente. No papel, éramos independentes. Do ponto de vista econômico restou os laços obrigatórios, o comprometimento aos caprichos britânicos. Basta ver ao nosso redor, ou melhor, nas nossas linhas férreas, em seus galpões antigos. Aqui em Viçosa isto é real. A presença do estrangeiro na economia das décadas passadas é evidente. Veja os galpões da avenida principal, a Firmino Maia. A empresa Anderson Clayton, ainda com resquícios de letreiros.

Como quis dizer, a verdadeira independência ainda ocorre. Porém, é uma pena que ocorra a passos de tartaruga. Ainda há direitos a serem observados. Há o problema intenso de corrupção. A existência de cabos eleitorais, jagunços como em épocas passadas. O poder entregue a pessoas com nenhum passado em prol das gerações. Falta homens e mulheres de bem. A vergonha de poucos é tratada aos risos.

Aos poucos celebramos o fim das corporações, dos prédios públicos. Daqui a algum tempo, teremos escolas construídas como quebra-cabeças. Pois é. Se nossas escolas estão sendo destruídas, o que restará é construir cadeiras de ferro, presas ao chão, estruturas em aço, ou escolas montadas a serem desmontadas ao final das aulas.

Qual a independência, se nosso povo sofre. Muitos comem bem, porém outros nem sequer tem o que comer. A miséria causada pela má administração pública é evidente. Não estamos acostumados com o administrador. Estamos a suportar a velha política familiar. Onde estar a prestação dos serviços essenciais? A saúde, a segurança e, principalmente, a educação vão mal. Não há horizontes a serem mudados, há um mundo.

Com pouco mais de 27 anos vividos, não me lembro de nenhum período satisfatório. Período, quero dizer, onde encontremos progresso em nossa nação. Parece que o rio corre sempre na direção dos endinheirados. Acordos e mais acordos que somente servem de consolo aos jagunços. Vivem induzindo a propaganda nazista em nossa TV. E nas pequenas cidades, o sempre baixar e subir a cabeça. Onde o subir significa sim ao sistema e baixar, a conivência ao sistema.

É... A mídia incita a população em achar que tudo anda certo. Não anda! Eles não sabem o que se passa nas periferias. Eles dizem que não tem nada com isso. Mas somente após vencerem as eleições. Quando estão concorrendo a eleições, mesmo a de conselheiros tutelares, fazem festa, entram na casa alheia sem pedir licença. Onde estamos? Como não perceber as intenções ferinas? Como proclamar, sem mesmo entender, a vitória dos outros?

São perguntas que não alcançam a maioria da população. São restritas a poucos. É uma pena. Mas não deixemos vencer pelo que aí estar. Lutemos pelo nosso país. Vejam os tenentistas, exemplos de afrontamento ao sistema hereditário e oligárquico das famílias que estão no poder em nossa cidade, estado e país.

Viva o problema do outro para tirar conclusões sobre os seus. Daí, lembre que Jesus viveu o desconforto e mostrou o caminho para nossas gerações.

Pensem e opinem. Espero suas posições.

Viçosa/AL, 07 de setembro de 2009.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Es la hora

Arquivo do ontem